L'autobiographie au pays de la polémique
Abstract
O artigo parte do percurso de Philippe Lejeune, que já no seu primeiro livro, L’autobiographie en France (1971), propunha o conceito de pacto autobiográfico, passa pela controvérsia que o opôs ao filósofo Georges Gusdorf, que o criticou por seu tratamento retórico, a visão formalista e desencarnada da escrita autobiográfica, até chegar à entrada da autoficção pelas mãos de Serge Doubrosky. Em seguida, a autora critica a polarização que se criou em torno desses dois conceitos, mostrando que ela é redutora. Apresenta três tendências que tomam o conceito de autoficção: a ortodoxa, que segue à risca o proposto por Doubrovsky; a de Jacques Lecarme, que o expande para autores do século XX anteriores à criação do termo; e a heterodoxa, de Vincent Colonna, que o aplica a qualquer época, sempre que o autor se coloque na obra com seu nome próprio. Além disso, após pontuar que a autoficção é sedutora, enquanto a autobiografia parece vetusta, chega à análise do que seria o espaço autobiográfico, conceito criado por Lejeune.